FOCO HOSPITALAR | Hospital Pablo Tobón Uribe: privilegiando as tecnologias com a maior eficácia em termos de custos

Por Daniela Chueke Perles

Dr. Andrés Aguirre

Em entrevista exclusiva à equipe do HospiRank, o diretor geral do Hospital Pablo Tobón Uribe, Dr. Andrés Aguirre, explica como uma das instituições de saúde mais importantes da Colômbia se mantém na vanguarda. Localizado na cidade de Medellín, o Hospital Pablo Tobón Uribe é uma instituição hospitalar privada, sem fins lucrativos, que se destaca por seus altos padrões de acreditação e certificações de qualidade.

 

Depois de mais de dois longos anos lidando com a pandemia de Covid-19, o senhor acredita que as coisas estão finalmente melhorando para os hospitais? Por que ou por que não?

Há um fenômeno de esgotamento; a equipe estava cansada e o hospital estava sob grande estresse. Também houve um aumento no custo de materiais, medicamentos e suprimentos, além de problemas logísticos decorrentes do fechamento dos portos chineses, em Xangai. O país tem sofrido com a escassez de alguns insumos. E, finalmente, os sistemas de compensação de seguros muitas vezes não estão compensando os custos hospitalares, que também aumentaram em decorrência do uso de equipamentos de proteção individual.

Que tipo de desafios de saúde o hospital enfrenta atualmente?

Os desafios de saúde decorrem de outra situação complexa. Como precisamos interromper alguns serviços seletivos nos hospitais durante a pandemia e dedicar toda a nossa atenção à Covid-19, atualmente estamos enfrentando uma sobrecarga na realização de checkups e um aumento na demanda de serviços de emergência – pacientes cujas doenças crônicas, como diabetes e insuficiência renal, vêm se agravando. Também temos observado um aumento nas doenças cerebrovasculares e cardíacas após a pandemia.

Seu hospital vem figurando constantemente entre os mais bem equipados do país. Poderia nos dizer quais são alguns dos principais tipos de equipamentos médicos que o hospital precisa adquirir ou substituir com frequência?

Somos referência em alta complexidade. Temos uma área de Controle de Operações, que adota um sistema de engenharia clínica e engenharia biomédica. A obsolescência [dos equipamentos], a expansão [do hospital] e nosso sistema de avaliação de tecnologias em saúde nos mostram quais [novas] tecnologias devemos incorporar. Ultimamente, os equipamentos de imagens digitais intervencionistas têm sido uma prioridade para o hospital. Também priorizamos equipamentos ópticos para o sistema de endoscopia digestiva. A equipe de terapia intensiva também é uma prioridade. Além disso, damos muita importância ao diagnóstico microbiológico e molecular pelo fato de tratarmos pacientes com doenças infecciosas complexas.

O hospital está implementando alguma iniciativa nova de atenção ao paciente que o senhor poderia compartilhar conosco?

Como parte do [nosso] processo de gestão de casos, algumas seguradoras nos enviam pacientes crônicos e o hospital cuida integralmente deles. O hospital é especializado em trauma, medicina crítica, oncologia, hepatologia e gastroenterologia. Somos uma das instituições que tratam pacientes com doença de Crohn.

Também implementamos soluções informáticas, como sistemas de prontuários médicos eletrônicos, e adotamos a automação robótica de processos (Robotic Process Automation ou RPA, na sigla em inglês), que nos permite agilizar muitos processos de tratamento, pesquisa e avaliação da qualidade do atendimento.

O hospital prevê novas ampliações, reformas ou unidades?

Atualmente, o hospital conta com 550 leitos e a previsão é que a operação completa chegue a 670 leitos em funcionamento. No entanto, somos cautelosos porque a Colômbia tem um sistema de seguros privados e muitas seguradoras tornaram-se insolventes, deixando os hospitais com dívidas enormes.

O hospital planeja alguma aquisição interessante de novos equipamentos que o senhor poderia compartilhar conosco?

Temos um plano de investimento tecnológico que começará a ser estudado entre setembro e dezembro para ser executado no ano seguinte. Este ano, fizemos um grande investimento de 5 milhões de dólares em equipamentos de imagem e angiografia que já estão em uso há um mês.

Quais são alguns dos principais fatores que levam hospitais como o seu a adquirir novos equipamentos médicos?

Adotamos processos pelos quais investimos em tecnologias de eficácia comprovada que sejam necessárias de acordo com a carga de doenças registrada em nosso país. Devido à importância crítica do nosso hospital no atendimento à comunidade, é importantíssimo para nós saber quais doenças estão acometendo as pessoas para decidir qual tecnologia precisamos incorporar. Temos um grupo de avaliação de tecnologias em saúde que estuda quais soluções digitais precisamos implementar de forma custo-efetiva, já que a tecnologia em um hospital de alta complexidade é uma questão estratégica. Por exemplo, o hospital participou de um extenso estudo sobre a doença de Alzheimer na Colômbia e foi necessário adquirir um aparelho de ressonância magnética 3 Tesla.

Outro fator crítico é o suporte prestado pelos fornecedores na Colômbia. Algumas empresas têm engenheiros próprios e são essas garantias que acabam sendo muito importantes. A avaliação econômica dos equipamentos associada ao custo de manutenção dessas tecnologias ao longo do tempo e o impacto ambiental do uso das tecnologias também são fundamentais. Tentamos usar tecnologias que não prejudiquem o meio ambiente.

Sobre o Hospital Pablo Tobón Uribe

O Hospital Pablo Tobón Uribe é uma das instituições de saúde mais importantes da Colômbia. É um hospital universitário altamente complexo, focado no aprendizado e na melhoria contínua, não apenas do lado médico, mas também do lado humano.

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