EM DESTAQUE | Hospital Universitário de Méderi: Investimentos em tecnologia para oferecer o melhor atendimento aos pacientes

Por Lina Vanegas

Doctor Mauricio Rubio Buitrago, executive president of Hospital Universitario Méderi in Colombia

Tivemos a oportunidade de conversar com o Dr. Mauricio Rubio Buitrago, presidente executivo do Hospital Universitário Méderi da Colômbia. Uma das instituições mais bem equipadas da Colômbia, o Méderi conta atualmente com dois escritórios em Bogotá, mais de 4,5 mil funcionários e mais de mil alunos, atendendo diariamente cerca de 3 mil pacientes.

Depois de mais de dois anos lidando com a pandemia, o senhor acredita que as coisas estão finalmente melhorando para os hospitais e clínicas?

Com a pandemia, os hospitais passaram por uma espécie de renascimento, em que tivemos que aprender a agir com rapidez e flexibilidade para nos adaptar às mudanças. Aprendemos a importância de apoiar nossos talentos humanos e melhoramos a comunicação com as famílias dos pacientes isolados. E com todas essas mudanças provocadas pela pandemia, não deixamos de crescer e fazer os ajustes necessários.

Quais são os principais tipos de equipamentos médicos que o hospital precisa adquirir ou substituir com mais frequência?

Todos os anos investimos em tecnologia porque ela avança muito rápido e sabemos que isso ajuda a melhorar a capacidade de diagnóstico e oferecer um melhor atendimento aos nossos pacientes. No ano passado, instalamos um aparelho de ressonância magnética de 3 Tesla e robotizamos o laboratório clínico, o que trouxe mais agilidade nos resultados e nos possibilitou gerar leituras com grande detalhamento. Tudo isso faz do nosso hospital um dos mais bem equipados da Colômbia.

Que tipo de desafios de saúde o hospital enfrenta atualmente?

O desafio de saúde representado pela Covid vem diminuindo: passamos de 350 pacientes internados por Covid-19 durante a pandemia para quatro atualmente. Agora, com o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, o que está acontecendo é que estamos diante de uma nova epidemia de novos vírus como influenza ou hepatite. Os custos estão um pouco acima do normal devido à quantidade de equipamentos de proteção, mas, em geral, está tudo sob controle.

O hospital está implementando alguma nova iniciativa de atenção ao paciente que o senhor poderia compartilhar conosco?

A pandemia nos fez perceber a importância do omnicanalidade. Ficamos obcecados com toda essa questão envolvendo telemedicina, teleassistência e todos os meios para estabelecer uma comunicação efetiva com os pacientes, levar o hospital para dentro de sua casa e poder acompanhá-los até a sua recuperação. É por isso que estamos desenvolvendo uma central de comunicação com os pacientes que inclui vários canais para todos os tipos de pacientes.

Além disso, introduzimos novidades no tratamento de acidentes vasculares cerebrais, pois sabemos que o tempo é um fator crucial para o desfecho clínico do paciente. Avançamos muito na velocidade da tomografia computadorizada, o que nos permitiu acelerar o tempo de diagnóstico e, consequentemente, salvar vidas.

O hospital prevê ampliações, reformas ou novas unidades no longo prazo?

Sim, a central de acompanhamento de pacientes e autorizações espera ter um centro físico para manter-se em contato com os pacientes, com uma comunicação por áudio e vídeo e, se necessário, transporte físico. Por outro lado, concluímos a construção de novas salas e a renovação de equipamentos de diagnóstico.

O hospital planeja alguma aquisição interessante de novos equipamentos que o senhor poderia compartilhar conosco?

Estamos renovando alguns de nossos tomógrafos computadorizados, lâmpadas e mesas cirúrgicas, sistemas de chamada de enfermagem e monitores de sinais vitais, além da implementação de melhorias na área de endoscopia.

Poderia citar alguns dos principais fatores que levam hospitais como o Méderi a adquirir novos equipamentos médicos?

Somos obcecados em melhorar constantemente nossos resultados e garantir a segurança do paciente, de modo que sempre nos baseamos nessas duas prioridades quando adquirimos novas tecnologias ou equipamentos. Dessa forma, fornecemos um diagnóstico mais preciso e rápido em benefício do paciente.

De que tipo de equipamentos ou dispositivos o senhor acha que os hospitais colombianos mais necessitarão nos próximos anos?

Precisamos melhorar os softwares de história clínica para que esses programas tenham a capacidade de coletar todas as informações médicas e, com isso, tomar melhores decisões, permitindo ao mesmo tempo a interoperabilidade com as Entidades Promotoras de Saúde (EPS) e com outros provedores de saúde do país.
Vejo também uma oportunidade de melhorar a tecnologia operacional, para que nossos pacientes passem cada vez menos por processos burocráticos e disponham de ferramentas omnicanal que facilitem suas vidas.

Em sua opinião, quais são os principais desafios que os hospitais colombianos devem enfrentar depois da pandemia?

Resumo minha resposta em duas palavras: não esquecer. Porque são muitas as lições deixadas pela pandemia, que nos mostrou fragilidades não só na saúde, mas também no comércio, nos transportes e em várias outras áreas. Precisamos sempre nos lembrar dessas várias lições e nos preparar para enfrentar eventos que nunca imaginamos. Assim, o que tenho a dizer é que não devemos nos esquecer das lições aprendidas.

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