O campo das cirurgias na América Latina segue evoluindo

Já faz tempo que o setor da saúde vem passando por uma série de transformações. Chegou a hora de olharmos a medicina com outros olhos, com menos dor e estresse graças aos períodos mais curtos de hospitalização e à redução cada vez maior do tempo de recuperação. A inovação contínua no setor da saúde beneficia o paciente sem comprometer sua segurança ou a qualidade do atendimento.

Um exemplo disso é o Hospital San Vicente Fundación Medellín, que continua sendo referência em cirurgia gastrointestinal graças à implementação de uma nova torre de laparoscopia que permite diagnósticos precoces e o atendimento de patologias de alta complexidade. Por sua vez, os hospitais argentinos San Benjamín de Colón, San Antonio de Gualeguay e Santa Rosa de Villaguay se unem aos esforços de promover cirurgias menos invasivas e reduzir os tempos de recuperação com a aquisição de modernos equipamentos laparoscópicos em suas salas de cirurgia para complementar os equipamentos existentes e realizar procedimentos com melhor qualidade de imagem.

As cirurgias minimamente invasivas (CMI) vêm ganhando importância nos hospitais da América Latina. Nascidas no início dos anos 80, as CMI viram sua popularidade crescer com os avanços tecnológicos. Atualmente, quase 80% das cirurgias eletivas são realizadas com esse método. A técnica consiste em fazer incisões mínimas – ou mesmo nenhuma incisão, utilizando orifícios naturais – por onde se insere um endoscópio, instrumento fino em forma de tubo equipado com uma câmera de vídeo e fonte de luz, que permite ao cirurgião examinar visualmente as cavidades internas do corpo.

Endoscopia

As cirurgias minimamente invasivas se dividem em três categorias:

  1. Endoscopia: nesse procedimento, o cirurgião utiliza um endoscópio, inserindo-o nas cavidades naturais do paciente sem fazer nenhum tipo de corte.
  2. Laparoscopia: por meio de pequenas incisões, o cirurgião insere o endoscópio no paciente para realizar a cirurgia.
  3. Cirurgia robótica: nessa técnica, os instrumentos cirúrgicos são fixados nos braços do robô e o cirurgião manipula os movimentos por controle remoto, obtendo movimentos de precisão milimétrica.

De acordo com o relatório Medical Equipment Market Report: Latin America 2022 da GHI, os equipamentos usados nesses tipos de cirurgia vêm ganhando espaço nos mercados da América Latina. Vejamos, por exemplo, os seguintes dados para 2021:

  • Crescimento de mais de 60% dos sistemas de cirurgia robótica na Argentina
  • Aumento de mais de 7,2% no uso de equipamentos de cirurgia laparoscópica
  • Crescimento de quase 20% no uso de endoscópios em hospitais na Colômbia

O relatório Medical Equipment Market Report: Latin America 2022 pode ser obtido diretamente com a GHI. Entre em contato conosco se quiser saber mais sobre a variedade de dados incluídos no relatório e como adquiri-lo.

Uma cirurgia “moderna” não é garantia de sucesso

Intervenções como as citadas acima oferecem múltiplas vantagens em relação às cirurgias tradicionais, já que reduzem o trauma de tecidos moles, diminuem a perda sanguínea, encurtam os tempos de recuperação e proporcionam melhores resultados estéticos. Cabe ressaltar que, embora sejam consideradas intervenções seguras, é possível que ocorram diferentes complicações relacionadas à anestesia, à presença de sangramento ou a algum tipo de infecção – assim como acontece com outras cirurgias.

Por fim, um aspecto não menos importante é que, infelizmente, nem todos os órgãos ou tecidos do corpo podem ser submetidos a cirurgias minimamente invasivas. E embora os avanços tecnológicos tenham reduzido esse tipo de limitação, as CMI ainda não se aplicam a todas as intervenções.

Uma cirurgia “moderna” não é garantia de sucesso

A cirurgia robótica segue em alta

A cirurgia robótica surgiu há mais de 30 anos nos Estados Unidos graças ao trabalho do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e de alguns empreendedores, que juntos criaram o sistema de microcirurgia assistida por robô (RAMS, na sigla em inglês). Pela primeira vez, um robô participou de uma intervenção cirúrgica quando o PUMA 560 foi encarregado de inserir uma agulha no cérebro de um paciente para realizar uma biópsia. Esse experimento permitiu que intervenções que antes (dos robôs) exigiam meses de preparação e recuperação passassem a ser realizadas de forma rápida, precisa e com ótimos resultados.

Embora a cirurgia robótica tenha demorado a penetrar na América Latina, recentemente houve um crescimento expressivo desse tipo de procedimento na região. No México, por exemplo, o Hospital Ángeles permanece na vanguarda da tecnologia com seu Centro de Cirurgia Robótica, que utiliza o sistema cirúrgico Da Vinci XiHD para realizar procedimentos oncológicos, ginecológicos e pediátricos, entre outros. Da mesma forma, centros médicos como o Hospital Israelita Albert Einstein no Brasil possuem um Centro de Excelência em Cirurgia Robótica para treinar cirurgiões em procedimentos minimamente invasivos desse tipo.

Além desses exemplos específicos, em julho de 2022 publicamos o HospiRank 2022, um relatório sobre os hospitais mais bem equipados da região. Incluímos uma seção sobre cirurgia robótica que mostra que existem atualmente 170 sistemas de robôs cirúrgicos em toda a região, distribuídos da seguinte forma:

  • Brasil – 50% dos robôs da região
  • México – 15% dos robôs da região
  • Chile – 11% dos robôs da região
  • Demais países – 5% dos robôs da região

A cirurgia robótica ganhou espaço na América Latina e em outros mercados pelas grandes vantagens que oferece, sendo a principal permitir ao cirurgião realizar procedimentos cirúrgicos com alta precisão e sem a necessidade de estar dentro da sala de cirurgia. O profissional pode realizar a cirurgia de uma estação computadorizada que lhe permite visualizar o interior do corpo do paciente em uma imagem tridimensional. Embora essa intervenção possa levar mais tempo do que a cirurgia endoscópica tradicional, a preparação prévia possibilita resultados altamente confiáveis e seguros.

A nanomedicina não fica para trás

A nanomedicina não fica para trás

Quando se fala em cirurgia e tecnologia robótica, não podemos deixar de mencionar a nanomedicina, que consiste na aplicação da nanotecnologia na biomedicina com o objetivo de construir, reparar, controlar e proteger os sistemas biológicos humanos por meio da intervenção em escala molecular e nanométrica em benefício da saúde humana.

A nanomedicina se divide em quatro etapas:

  • Nanodiagnóstico: a doença é detectada no nível celular ou molecular
  • Nanoterapia: nessa etapa, são utilizados medicamentos específicos para destruir a alteração celular, que agem de forma seletiva para não danificar as células saudáveis.
  • Medicina regenerativa: busca regenerar tecidos e órgãos por meio da aplicação de métodos de terapia gênica, terapia celular ou dosagem de substâncias bioregenerativas.
  • Liberação controlada de medicamentos: por meio da nanotecnologia, o medicamento é introduzido com o objetivo de reconhecer a área danificada e depois destruí-la sem alterar outras estruturas do organismo.

Fatores que afetam o crescimento, como a pobreza, a falta de recursos e a desigualdade, são alguns dos grandes obstáculos enfrentados pela região em relação ao desenvolvimento e adoção de novas tecnologias de ponta. Segundo estudo realizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, o Brasil é a economia latino-americana mais bem preparada para lidar com esses tipos de tecnologias.

As cirurgias robóticas, junto com a inteligência artificial, a nanomedicina e os megadados (big data), são os precursores e transformarão para sempre o setor da saúde e nossas vidas.

A tecnologia avança rapidamente e oferece infinitas possibilidades – com um bom planejamento, podemos dar passos firmes em direção ao sucesso. Entre em contato com a nossa equipe de pesquisadores que, por meio do In-Scope, o nosso serviço de pesquisas de mercado personalizadas, ajudará sua empresa a obter os dados necessários para entender o mercado atual e as oportunidades de crescimento do setor.

Próximos passos

Entre em contato conosco para saber como podemos ajudá-lo a entender melhor o impacto desses avanços cirúrgicos na região. Para começar, você pode assinar e explorar o SurgiScope, o único banco de dados do mundo que registra os procedimentos cirúrgicos realizados em vários países latino-americanos. Essa ferramenta revela os procedimentos realizados com mais frequência, o que permite determinar a demanda futura por produtos cirúrgicos, sejam eles equipamentos, dispositivos ou instrumentos.

Se quiser entender mais sobre o crescente mercado de cirurgia robótica da América Latina, a nanomedicina ou outros avanços cirúrgicos, podemos elaborar e realizar um estudo personalizado para a sua empresa que revelará oportunidades, tendências, desafios e muito mais.

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