Hospital Civil de Guadalajara: há 229 anos apostando em tecnologias de ponta na atenção ao paciente

Por Daniel Casillas

Inaugurado há quase 230 anos, o Hospital Civil de Guadalajara “Frade Antonio Alcalde” mantém-se como uma das instituições de saúde pública mais importantes do México e continua na vanguarda na adoção de novas tecnologias. Para conhecer melhor esse importante hospital e seus planos para o futuro, conversamos com o Dr. Jaime Andrade Villanueva, diretor do Hospital Civil de Guadalajara.

– Seu hospital vem figurando constantemente entre os mais bem equipados do país. Quais são alguns dos principais tipos de equipamentos médicos que vocês precisam adquirir ou substituir com frequência?

Somos uma instituição que oferece atendimento médico especializado e altamente especializado. O fato de realizarmos 1,15 milhão de procedimentos por ano, somado à complexidade desses procedimentos, exige a renovação e modernização constantes de nossos equipamentos médicos e de diagnóstico. Realizamos anualmente a análise de mais de 5,5 milhões de amostras laboratoriais, 230 mil exames de imagem e 3 mil exames patológicos.

Entre os nossos pontos fortes como instituição estão os equipamentos biomédicos e de tecnologias da informação e comunicação (TICs). Adquirimos equipamentos para realizar um alto número de procedimentos em matéria de diagnósticos e tratamentos. Também fortalecemos a área cirúrgica com 10 novas salas cirúrgicas (incluindo uma sala híbrida, equipada com um tomógrafo portátil) no Antigo Hospital Civil de Guadalajara “Frade Antonio Alcalde” (AHCGFAA) e modernizamos as demais salas cirúrgicas.

Estamos avaliando a possibilidade de instalar um acelerador linear para tratar pacientes oncológicos e pretendemos aumentar nossa capacidade de atendimento para pacientes que necessitam de hemodiálise.

– Há algum equipamento médico em particular, dotado de tecnologia ou inovações especiais, que o hospital tenha recentemente adquirido ou pretenda adquirir?

Somos o hospital mais bem equipado do sistema público de saúde. Modernizamos a maior parte dos equipamentos de radiologia e imagem ao longo dos últimos três anos, incluindo salas de radiografia, tomografia, hemodinâmica e unidades de ressonância magnética nuclear (RMN), o que ampliou nossa capacidade física instalada e nos permitiu realizar um maior número de procedimentos. Temos o maior número de incubadoras e berços de calor radiante na Unidade de Alta Especialidade Materno-Infantil (UAEMI) e equipamos e modernizamos o setor de atenção integral a crianças e mães. Instalamos equipamentos especializados, como salas de hemodinâmica, neuronavegadores, microscópios de neurocirurgia e equipamentos de análise genética e molecular, para mencionar apenas alguns. Também foram atualizados os equipamentos para o tratamento de Covid-19, incluindo ventiladores volumétricos, monitores multiparamétricos e leitos hospitalares.

O instituto está analisando a viabilidade de adquirir um robô Da Vinci e equipamentos para uma unidade de radioterapia e medicina nuclear (acelerador linear, tomógrafo por emissão de pósitrons (PET scan), tomografia computadorizada de planejamento, cíclotron e unidade de braquiterapia de alta taxa de dose).

– Quais são os principais fatores que levam uma instituição renomada como o Hospital Civil de Guadalajara a adquirir novos equipamentos?

Somamos 229 anos de atividade no AHCGFAA e outros 35 anos no Novo Hospital Civil de Guadalajara “Dr. Juan I. Menchaca” (NHCGJIM). Mesmo com a modernização constante, temos equipamentos que chegaram ao fim de sua vida útil. Os principais motivos para a aquisição de novos equipamentos referem-se a fatores como o tipo de tratamento oferecido (especializado e altamente especializado), os credenciamentos e/ou certificações do hospital e a integração de sistemas (TICs).

– O hospital prevê ampliações, reformas ou novas unidades?

Sim, há o Hospital Civil Oriente, com quase 350 leitos – um hospital geral com especialidades que receberá pacientes provenientes de nove municípios do estado. Também estamos realizando reformas nas duas unidades, incluindo laboratórios de microbiologia, bancos de sangue, unidades de terapia intensiva e unidades de terapia intensiva pediátrica, prontos-socorros e prontos-socorros pediátricos e alas para pacientes internados.

Também construiremos 10 novas salas cirúrgicas, incluindo uma híbrida, no AHCGFAA, uma unidade de hemodinâmica no NHCGJIM e uma nova unidade móvel de hemodiálise.

– Há alguma iniciativa em seu hospital relacionada à atenção ao paciente que o senhor gostaria de compartilhar conosco?

Os procedimentos cirúrgicos que realizamos são cada vez menos invasivos. Realizamos cirurgias laparoscópicas há anos, e adquirimos um sistema de neuronavegação e microscópios cirúrgicos para tratar pacientes com problemas neurológicos. Além disso, estamos realizando cada vez mais procedimentos diagnósticos e terapêuticos endovasculares para estenose, oclusão ou dilatação de vasos sanguíneos, tromboses e substituição de válvulas, entre outros.

Atualmente, o hospital realiza cirurgias fetais e contamos com profissionais capacitados para identificar e tratar pacientes com condições especiais que podem ser tratadas ainda no útero, antes do nascimento. Também realizamos procedimentos complexos, como biópsias fetais, transfusões intrauterinas, amniodrenagem e fetoscopia, assim como pré-natais especializados, voltados para a prevenção de deficiências de curto e longo prazo em recém-nascidos (prevenção de retinopatia do prematuro, displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular e lesões neurológicas). Por último, temos experiência no diagnóstico e tratamento de malformações congênitas, como as cardiovasculares e gastrointestinais, da coluna vertebral e do sistema nervoso central.

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